Americano Jeremy Rifkin argumenta que "internet das coisas", energias renováveis e custo marginal zero vão nos levar para novo sistema colaborativo
Mão segurando globo terrestre: livro argumenta que viveremos em mundo colaborativo
São Paulo - Na segunda metade do século XXI, a economia mundial será híbrida e um sistema colaborativo estará convivendo com um capitalismo cada vez menos importante.
A previsão provocativa é do americano Jeremy Rifkin, que acaba de publicar seu novo livro "The Zero Marginal Cost Society" ("A Sociedade do Custo Marginal Zero", em tradução livre).
Depois de uma série de bestsellers sobre os impactos da tecnologia na economia, ele foi além e vislumbrou um futuro no qual a lógica colaborativa da internet tomou conta de quase todo o sistema.
Em outras palavras: depois de séculos nos quais o capitalismo conseguiu levar várias dimensões da vida humana para a esfera econômica, o processo começou a se reverter.
Tese
Para Rifkin, isso é fruto do próprio dinamismo do sistema. A busca incessante por produtividade teve tanto sucesso que levará a um ponto no qual o custo marginal - ou seja, o custo de produzir uma unidade adicional de algum determinado produto ou serviço - beira zero.
Isso apareceu primeiro em indústrias como a do entretenimento e comunicação, completamente modificadas pela internet, mas já começa a ficar claro em outros campos.
Na educação, cursos online permitem que um professor ensine milhões de alunos de uma vez. Na manufatura, impressoras 3D criam uma geração de "prosumidores" - produtores e consumidores ao mesmo tempo.
O resultado: "lucros corporativos estão começando a secar, os direitos de propriedade estão se enfraquecendo e uma economia baseada na escassez está dando espaço a uma economia da abundância", escreve Rifkin.
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