sexta-feira, 16 de maio de 2014

Coração saudável requer pouco sal

 

Doença cardíaca é uma das principais causas de morte no mundo. O estilo de vida moderno, com muito estresse, ausência de atividade física e alimentação pouco saudável é responsável por aproximadamente 80% das doenças cardiovasculares. Dentre os vários fatores de risco que contribuem para doença cardiovascular, o principal é a pressão alta, responsável por 62% dos derrames e 49% dos ataques cardíacos.

Um dos fatores alimentares que é crítico para a o aumento da pressão arterial e suas consequências indesejáveis é o elevado consumo de sal. Resultados de estudos que avaliaram a redução do consumo de sal por um curto espaço de tempo indicam uma relação direta de dose resposta entre a ingestão de sal e a pressão arterial. A redução de 1 g de sal por dia contribui para a queda de um ponto (medido em milímetros de mercúrio - mmHg) da pressão sistólica (a mais alta das duas).

Agora, uma nova pesquisa, mais longa que as anteriores, realizada na Inglaterra, amplia a análise da relação entre sal e doença cardiovascular. No período de 2003 a 2011 houve uma redução de 15 por cento no consumo de sal. Neste mesmo período, as mortes por doença cardíaca caíram 40 por cento e por derrame 42 por cento. Esta associação expõe o impacto do consumo de sal na saúde da população.

Mesmo que vários outros fatores possam ter uma parcela de contribuição nestas reduções, é indiscutível a importância do sal como um fator isolado no controle da pressão arterial e de suas consequências.

Mesmo que tenha havido uma significativa redução no consumo de sal nos últimos anos, os pesquisadores alertam que o consumo na Inglaterra, continua acima do máximo recomendado por dia (que é 6g de sal). Isto ocorre em vários países ocidentais.

Uma das dificuldades para o controle da ingestão de sal é o crescente uso de alimentos industrializados na dieta do dia-a-dia. Estima-se que 75% do sal ingerido na dieta ocidental provenha da comida industrializada.

Estes resultados dão elementos para reforçar as campanhas institucionais para redução da ingestão de sal, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e promovendo a saúde.

Tabagismo e doença cardíaca nas mulheres

 

ABC da Saúde

O que as mulheres devem fazer para prevenir doença cardíaca | ABC da Saúde

O que as mulheres devem fazer para prevenir doença cardíaca

Hoje são conhecidos dezenas de fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de doenças e morte, sendo os principais: hipertensão, tabagismo, dieta pobre em frutas, uso de álcool, poluição ambiental, alto índice de massa corporal (sobrepeso e obesidade), aumento da glicose no sangue, baixa atividade física, dentre tantas outras. A importância específica de cada um destes fatores de risco pode, entretanto, variar conforme a região do planeta, sexo, faixa etária, etc. Um dos problemas das pesquisas na área da saúde - tanto básicas, quanto clínicas e epidemiológicas - é a dificuldade em considerar essas particularidades. Especialmente no que tange à saúde da mulher.

Pois agora, um recente estudo realizado na Austrália revela dados que podem contribuir enormemente para a prevenção de doenças cardíacas em mulheres. Os pesquisadores observaram, desde 1996, mais de 32 mil mulheres subdivididas em 15 diferentes grupos de idades, sendo o subgrupo mais jovem de 22 a 27 anos e o mais velho de 85 a 90 anos. As mulheres nasceram em diferentes períodos, de 1921 a 1926, de 1946 a 1951 e de 1973 a 1978.

O estudo analisou os quatro maiores fatores de risco para doenças cardíacas na Austrália - hipertensão, tabagismo, excesso de peso e sedentarismo - juntos, estes fatores são responsáveis por mais da metade das doenças cardíacas no mundo todo. A análise se concentrou na melhoria dos padrões de saúde com a ausência ou retirada de cada fator de risco, individualmente (nunca ter fumado ou manter peso ideal, por exemplo).

As mulheres do subgrupo mais jovem (22-27 anos) são as que mais fumam (28% do total), e isto aumentou o risco cardíaco em 59%. A proporção de fumantes se reduziu muito nos subgrupos mais velhos, chegando a 5% nas de 73-78 anos. Por sua vez a inatividade física vai aumentando dos 22 aos 90 anos. A conclusão dos pesquisadores é que nas mulheres acima dos 30 anos, até o final do 80s, o sedentarismo, individualmente, é o maior responsável pelas doenças cardíacas. Eles estimam que 150 minutos de atividade física por semana reduziria drasticamente o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, poupando milhares de vidas de mulheres anualmente. Nas mais jovens o tabagismo é o principal fator de risco.

Mulheres: Está claro que para viver mais e melhor, segundo as tendências atuais, o mais importante para as com menos de 30 anos é não fumar, e as com mais de 30 ter uma atividade física regular para o resto da vida.