Nós tomamos drogas psico-ativas não para resolver os nossos problema pessoais, mas para podermos conviver com nossos semelhantes. Medicamentos tranquilizadores, álcool, fumo, drogas ilegais, etc.
A sociedade exige comportamentos adequados, que muitas vezes são gerados por ignorância de certos valores morais mas que via de regra não podemos praticá-los. Nesses momentos, apelamos para comprimidos e gotas que controlam nossas ansiedades para ficarmos sintonizados com os padrões morais vigentes.
A quantidade de medicamentos controlados fabricados e comercializados em todo o mundo é impressionante. Eles são apenas tidos como controlados, mas na verdade nunca se sabe o que o usuário faz com o medicamento em sua casa, qual a dose tomada, a frequencia durante o dia, etc.
Em suma, vivemos mergulhados num mar de substâncias que controlam as nossas emoções mas que cobram um alto preço por isso. Econômicamente, essa parafernália de substâncias químicas gera centenas de milhões de empregos, diretos e indiretos pelo mundo todo. Mas no balanço final a humanidade sai perdendo de 10 a zero. Um controle rigoroso desses medicamentos poderia proporcionar inúmeras vantagens para a sociedade como um todo. Mas neste velho mundo, o dinheiro continua falando muito mais alto. Muitas bulas de medicamentos precisam de uma lupa para que você as leia. Claro que isso é proposital.
E estamos comentado apenas medicamentos controlados. Álcool e cigarros são uma praga imensa, de consequências terrivelmente danosas e que ceifam vidas precocemente.
Nos anos 40/50 a droga mais usada eram os barbituratos, principalmente o fenobarbital. No início ainda não se conhecia sua principal armadilha, a tolerância.
Um certo escritor famoso que fazia uso do fenobarbital, à certa altura precisa de uma dose noturna que faria dormir um cavalo. Morreu expelindo sangue por todos os orifícios do corpo. Terrível mesmo, isso.
Depois disso todos conhecemos a sequencia da história. Enfim, o que podemos fazer por hora, é comentar e lamentar.
JSMelo