sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Uma lei ineficaz.

A Indonésia diz ser um país que leva o tráfico de drogas “à sério”. Muitos países levam-no à sério. Mas condenar à morte os infratores não irá resolver de modo algum. O tráfico irá continuar, talvez mais intenso ainda depois da execução dos condenados, entre eles dois brasileiros.
Tudo que é intensamente proíbido é intensamente desejado, e não será esse o caminho para o combate ao uso e ao tráfico de drogas. O tráfico e o uso de drogas ilícitas já tem talvez séculos de história, e até hoje não se desocobriu uma maneira eficaz de pelo menos controlá-lo aos níveis mínimos. No final das contas, os condenados acabam sendo mártires inconsequentes, porque se pelo menos com suas mortes, o problemas fosse atenuado o bastante para justificar seus sacrifícios, eles não teriam morrido em vão.
JS de Melo


Além da AI, várias organizações locais de amparo aos viciados em drogas enviaram uma carta ao presidente indonésio solicitando o cancelamento das execuções.

Um dos que assinaram o documento, o fundador da ONG Fortalecimento e Ação pela Justiça, Rudhy Wedhasmara, disse que a solução para o tráfico de drogas não é a pena de morte, cujas vítimas, disse, são pessoas que estão em uma posição frágil e vulnerável, e não os grandes chefões dos cartéis do narcotráfico.

'O estado não deveria tentar aliviar seu fracasso na política de luta contra o tráfico de drogas com a pena de morte', disse Wedhasmara, segundo o jornal 'Kompas'. EFE



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.