Conceição Trucom*
Este texto é sobre as formas seguras de consumir a casca ou o óleo essencial extraído da casca do limão!
Todo frasco do óleo essencial (OE), matéria-prima da Aromaterapia, tem o aviso:"proibido uso interno". Entenda uso interno como via oral, beber, tomar.
Entretanto, na Aromatologia, que provém da escola francesa, o uso interno de OEs é uma possibilidade importante a ser estudada, para atender a um tratamento específico. Mas tal uso deve ser cuidadoso e realizado sob a orientação e acompanhamento de um profissional - aromaterapeuta - especialista nesta técnica.
Existe uma controvérsia entre escolas e aromaterapeutas, quando se questiona o uso interno de OEs, pois sendo estes extratos ultra concentrados, tal consumo pode ser perigoso, principalmente se auto-medicado.
A Aromaterapia, apesar de milenar, foi desenvolvida e teve sua expansão no começo do século 19, na França, onde a aplicação, a inalação e as compressas tópicas são difundidas até hoje. Mas, quando a Aromaterapia foi introduzida na Grã-Bretanha, ela chegou principalmente como uma ferramenta para tratamentos terapêuticos estéticos, cosmetológicos. O código da terapia da beleza - a cosmetologia - não permitia, na época, o uso interno (via oral) e tal conceito acabou ficando como norma das primeiras associações de Aromaterapia, se propagando até hoje, mundo afora, sem um questionamento maior sobre a origem de tal normatização.
A escola de Aromaterapia britânica se restringiu genericamente ao uso dos OEs diluídos em um óleo carreador (base ou excipiente) para serem aplicados em massagens e tratamentos tópicos.
Entretanto, a Aromatologia, que preservou os ensinamentos originais da escola francesa, permite, sob a condição de muito estudo e aprofundamento, o uso interno de alguns óleos essenciais, obviamente, com dosagens e posologias indicadas por profissional autorizado e competente.
O público em geral necessita estar ciente do potencial de alguns OEs que, nas mãos de um terapeuta corretamente treinado, podem ser usados internamente com segurança e eficácia.
Logicamente são poucos os OEs que apresentam potencial para indicação de uso interno. O primeiro da lista é o OE de limão, pois sendo um ativador da circulação periférica, pode ajudar no tratamento de problemas cardiovasculares, respiratórios, desintoxicação dos sistemas digestivo e linfático, adstringente e até como um quimioterápico natural.
Sem dúvida a dosagem e posologia devem ser indicadas caso a caso.
No meu livro O poder de cura do Limão, recomendo como possibilidades seguras as formas de ingestão do OE de limão descritas abaixo, lembrando que o tempo de tratamento não deve ultrapassar a 3 meses. Caso a cura não tenha sido alcançada nestes 3 meses, dá-se um intervalo de 30 dias e repete-se o tratamento por mais 3 meses. Veja as opções:
Opção 1) No preparo dos sucos desintoxicantes adicionar 1 limão inteiro (polpa + casca). O suco deverá ser coado e bebido imediatamente após seu preparo. Aqui, dependendo do tamanho e tipo de limão, pode-se ingerir o equivalente a 5 gotas de OE de limão, e algumas pessoas podem encontrar dificuldade com seu sabor forte e amargo, por vezes sentindo ardor no estômago após a ingestão. Ou seja, foi muito OE. O certo, portanto, é fazer uso de limão de tamanho médio.
Opção 2) No preparo dos sucos desintoxicantes adicionar 1 limão parcialmente descascado e picado. Uma vez batido, o suco deverá ser coado e bebido imediatamente após seu preparo. Aqui o sabor fica mais agradável, pois a quantidade aproximada de OE de limão seria o equivalente a 2-3 gotas.
Opção 3) No preparo dos sucos desintoxicantes adicionar 1 colher (chá) de raspa fresca da casca de limão. Uma vez batido, o suco não precisa ser coado, mas precisa ser bebido imediatamente após preparo. Aqui o sabor fica bem agradável pois a quantidade aproximada de OE de limão deve ser algo equivalente a 1 gota.
ATENÇÃO: pelos motivos expostos até aqui, quando na receita for usado mais que 1 limão, somente o primeiro será com a casca e suco. Os demais serão somente o suco.
Opção 4) No preparo dos sucos desintoxicantes ou vitaminas adicionar diretamente 1 colher (chá) da farinha de limão. Aqui nada se perde, tudo se ganha, principalmente se a farinha foi desidratada somente com energia solar. Assista ao Vídeo - Farinha de Limão
Opção 5) No preparo dos sucos desintoxicantes ou vitaminas adicionar 3 gotas de OE de limão aos ingredientes ao bater no liquidificador. Assim, o OE ficará emulsionado no suco, conferindo além de sabor agradável, melhor dispersão dos seus ativos. Alerta: essa forma de consumo deve ser acompanhada por um profissional competente da aromaterapia. Consumo: máximo 9 gotas/dia, divididos em 3 tomas, ou seja, em 3 sucos desintoxicantes/dia.
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Leia mais em: Aromaterapia: a casca do Limão contém d-limoneno
Aromaterapia: os óleos essenciais das frutas cítricas
Recomenda-se a leitura na íntegra do livro O poder de cura do Limão - Conceição Trucom - editora Alaúde.
E lembre-se que trata-se de lixo eletrônico o texto que incentiva o consumo de limão congelado...
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* Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.
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