Ministros da Saúde de onze países da África Ocidental e especialistas internacionais abriram nesta quarta-feira uma cúpula de dois dias para examinar a opção de um "plano radical" de luta contra a epidemia mais mortal da história do vírus Ebola.
A epidemia afeta atualmente Serra Leoa, Guiné e Libéria.
Segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira, os três países vizinhos somam, desde o começo do ano, 759 casos de febre hemorrágica, entre eles, 467 mortais.
São 129 casos mortais a mais que o balanço anterior - um número 38% maior -, que remonta à semana passada, um sinal de que a epidemia voltou a disparar após uma trégua no mês de abril.
"Trata-se da maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e extensão geográfica", destacou em um comunicado a OMS, que organiza o encontro na capital de Gana.
"As decisões que forem tomadas durante esta reunião serão determinantes para combater a epidemia atual e as que estão por vir", acrescentou a organização no comunicado.
Diante do aumento contínuo da mortalidade e do número de pessoas afetadas pelo vírus Ebola, a OMS advertiu que serão "necessárias medidas drásticas" para conter esta epidemia mortal e altamente contagiosa.
Em 23 de junho, a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) já tinha advertido que a epidemia estava "fora de controle" e ameaçava se propagar para outras regiões.
A OMS, que enviou 150 especialistas a campo desde a primeira aparição do vírus na Guiné, em janeiro passado, compartilha desse prognóstico.
Apesar dos esforços da OMS e de outras agências especializadas, houve uma "alta importante" das taxas de novos casos e de mortes nas últimas semanas, segundo o comunicado.
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