quarta-feira, 23 de abril de 2014

Xiaomi planeja entrar no Brasil ainda este ano

 

Fabricante chinesa quer iniciar operações em 10 países em 2014

Paulo Higa  23/04/2014 às 08h26

Há algumas semanas, Hugo Barra, o brasileiro que trabalhou no Android por quase três anos e hoje é vice-presidente global da Xiaomi, conversou com políticos para expandir as operações da fabricante chinesa para o Brasil, sem divulgar muitos detalhes ao público. Na tarde desta quarta-feira (23), em Pequim, a Xiaomi anunciou oficialmente que planeja entrar em nada menos que 10 países este ano, incluindo o nosso.

xiaomi

O anúncio foi feito durante um encontro com jornalistas na capital chinesa, de acordo com o Tech In Asia. Lei Jun, fundador e CEO da Xiaomi, revelou que a empresa pretende iniciar ainda em 2014 suas operações no Brasil, Malásia, Indonésia, Índia, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Rússia, Turquia e México. Recentemente, a fabricante começou a se expandir globalmente e passou a vender smartphones em Singapura.

A notícia chega na mesma semana em que a Xiaomi mudou o endereço de seu site global, de xiaomi.com para simplesmente mi.com — para os curiosos de plantão, o curtíssimo domínio custou 1,3 milhão de reais. Parece uma mudança pequena, mas é importante para fortalecer a marca em países que não falam chinês e combina com os planos de expansão global da empresa. O “Mi” significa “Mobile Internet”.

Um dos motivos do sucesso da Xiaomi na China é o fato da empresa vender smartphones com ótimas especificações por preços baixos. O topo de linha é o Mi 3, com carcaça de liga de magnésio, chip Snapdragon 800 quad-core de 2,3 GHz, 2 GB de RAM, tela IPS de 5 polegadas com resolução 1080p, câmera de 13 MP e bateria de 3.050 mAh. Ele custa apenas 1.999 yuans chineses, ou 718 reais. Galaxy S4 e iPhone 5s, assim como no Brasil, são bem caros e custam mais que o dobro na China.

A Xiaomi está otimista com os planos de expansão e anunciou que sua meta é vender 60 milhões de smartphones em 2014, mais que o triplo das 18,7 milhões de unidades vendidas no ano passado. Se a ideia for vender aparelhos por preços menores que os da concorrência e fortalecer o mercado brasileiro, bem-vinda, Xiaomi.

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