A tireóide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento harmônico do organismo. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos bioquímicos do organismo.
Os principais distúrbios da tireóide são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção de hormônios) e o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios), doenças que incidem mais nas mulheres do que nos homens.
Sintomas
a) Hipotireoidismo
* Cansaço;
* Depressão;
* Adinamia (falta de iniciativa);
* Pele seca e fria;
* Prisão de ventre;
* Diminuição da frequência cardíaca;
* Decréscimo da atividade cerebral;
* Voz mais grossa como a de um disco em baixa rotação;
* Mixedema (inchaço duro);
* Diminuição do apetite;
* Sonolência;
* Reflexos mais vagarosos;
* Intolerância ao frio;
* Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.
b) Hipertireoidismo
* Hiperativação do metabolismo;
* Nervosismo e irritação;
* Insônia;
* Aumento da frequência cardíaca;
* Intolerância ao calor;
* Sudorese abundante;
* Taquicardia;
* Perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas;
* Tremores;
* Olhos saltados;
* Bócio;
* Comprometimento da capacidade de tomar decisões equilibradas.
Causas
a) Hipotireoidismo
* Tireoidite de Hashimoto, uma doença auto-imune que provoca a redução gradativa da glândula;
* Falta ou excesso de iodo na dieta.
b) Hipertireoidismo
* Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos;
* Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do TSH, hormônio produzido pela hipófise.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela hipófise e dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide.
Níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o hipotireoidismo. TSH baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o hipertireoidismo.
Tratamento
Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é diagnosticado e depende da avaliação das causas da doença em cada paciente.
No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do hormônio tireoxina que a tireóide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.
No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia e depende das características e causas da doença. Deve começar logo e ser prescrito principalmente na 3ª idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas, hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose.
Recomendações
* Não se assuste com a idéia de epidemia de problemas na tireóide. Avanço nas técnicas de diagnóstico explica o aumento do número de casos;
* A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio;
* A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;
* Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer (produzem maior queima dos músculos do que de gordura);
* Procure adotar uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos;
* Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contra-indicada para pacientes com hipertieoidismo;
* Fumar é desaconselhável nos dois casos;
* Não minimize o mau funcionamento da tireóide. Discuta com o médico a melhor forma de tratamento para seu caso e siga suas orientações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.